terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Analisando músicas taxadas erroneamente de toscas (6)

Meus caros e raros leitores, estou aqui com ânimo, coragem e disposição para continuar a dar vida à este blog, tão querido por 1 entre 10 brasileiros (o 1, no caso, sou eu).

Venci as adversidades proporcionadas pelo feriado carnavalesco (PREGUIÇA MUITA) para novamente debater as características primordiais e requintadas que compõem as canções de qualidade dos artistas deste país.

Hoje temos um mito, um verdadeiro gentleman da música nacional, o cantor mais bonito, lindo e joiado que se tem notícia nas terras semi-áridas cearenses: SIM, É ELE MESMO! FALCÃO!

Não foi fácil escolher a música para análise. Dentre uma infinidade de opções, todas muito bem elaboradas e com cunho social e ideológico, meu inconsciente fez com que minha indecisão decidisse decidir o indecidível: um de seus maiores sucessos, O Cume.

Seguinte: o ponto principal desta música-poema é o cume. Vocês sabem o que é um cume, né?






No alto daquele Cume
Plantei uma roseira
O vento no Cume bate
A rosa no Cume cheira


O cara subiu o monte, chegou no cume e plantou uma roseira, já pensando na consciência ambiental e sociológica. Mas acho que ele não contava com o vento forte que dá nesse cume. E a rosa, bem cheirosinha? Eita. Vejamos mais:


Quando vem a chuva fina
Salpicos no Cume caem
Formigas no Cume entram
Abelhas do Cume saem


Ah, quando cai uma chuva fina no cume é um momento todo especial. Toda aquela terra molhada, aquele cheiro de mato verde... os salpicos que caem também são muito importantes. Todo mundo alguma vez já deve ter salpicado algo no cume, isto é, pra quem já esteve lá.
Mas quando as formigas entram no cume e as abelhas saem de lá é complicado. Essa movimentação toda no cume o deixa desorganizado. Quem é que quer deixar o cume bagunçado? Pensei na minha mãe chegando lá no cume na hora e gritando 'MENINO ARRUMA ESSE CUME AÍ!' (eu e minha imaginação fértil). Próximo verso:


Quando cai a Chuva grossa
A água do Cume desce
O barro do Cume escorre
o mato no Cume cresce


Se a chuva é fina, tá tudo beleza, só uns salpicadazinha de leve e pronto, mas vai ver quando a chuva engrossa? O cume fica todo alagado. Biólogos já divulgaram pesquisas que evidenciam estragos no cume quando a chuva passa de 40 milímetros. Suba no cume de olho na FUNCEME, hein.
Bom, estudos à parte, sei que a água que sai do cume vem numa velocidade incrível, com barro, pedras e tudo o que é sujeira junto; quem estiver lá embaixo pode ser soterrado. O cume pode te matar! Cuidado com o cume, que o cume te pega, te pega daqui, te pega de lá.


Então quando cessa a chuva
No Cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no Cume ardia

Parou a chuva, tudo volta a ser como era antes. A paz no ambiente volta a reinar e todo mundo fica feliz, principalmente o sol, que pode esquentar com todas as forças o cume, deixando-o pegando fogo. Cuidado para não queimar os pés no cume. Aliás, o próprio cume pode ficar queimado, devido ao aquecimento global, buraco na camada de ozônio, enfim. O Falcão teve uma sensibilidade enorme em tratar desse assunto tão importante.

Peraí, tive uma reflexão agora: se o buraco na camada de ozônio abrir um buraco no cume, como é que fica? O cume todo esburacado? Se cair uma chuva, o cume vai se desmanchar todo, aí num vai ter é mais nada pra contar história. Hummmm, tô pensando aqui em realizar uma campanha virtual à favor do cume. Devem haver tantos cumes por aí desprotegidos, né não? GALERA, VAMOS SALVAR OS CUMES!!!!!!!1!!11!!11!


Salve JÁ seu cume!


Bem, enquanto vou aqui no feicebuque criar uma página à favor da causa cumelística, deixo com vocês as outras edições do Analisando músicas taxadas erroneamente de toscas:

Analisando 1: 'Lelezinha', da Banda Calypso (isso é calypsoonn)
Analisando 2: 'Florentina', do Tiririca (abestadu é tu)
Analisando 3: 'O Pinto', do Pinduca (pense num pinto danado)
Analisando 4: 'Segure o Tchan', do É o Tchan (quééébra ordinária!)
Analisando 5: 'Dança da Vassoura', do Grupo Molejão (andrezáááuuwwwnnn)


E não esqueçam: SALVEM OS CUMES!