segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Mensagem brega de fim de ano

Ganhei um livro muito legal. É aquele do Nick Vujicic, que nasceu sem braços e pernas mas mesmo assim tem uma vida incrivelmente feliz. Ganhei agora, no Natal, tô lendo ainda e já pude abstrair dele diversos ensinamentos e observações que são muito úteis pra quem deseja também ter uma vida incrivelmente feliz.

2012 foi um ano... médio. Tem anos que são muito bons, tem outros que deixam a desejar... este que termina ficou no meio termo. Não posso e nem quero dizer que esse ano foi ruim, apesar de algumas coisas que aconteceram, e principalmente, que não aconteceram. Esse ano foi bom, mas poderia ter sido melhor, se eu tivesse me esforçado mais pra isso. Tive algumas conquistas, iniciei atividades que eu nem imaginava iniciar, e que deram certo, encerrei outras que não estavam me favorecendo... foi um ano bom, sim.

Comecei a estudar inglês, almocei mais fora, comecei a frequentar academia. Depois parei. Criei um blog, comprei mais livros, fiz a assinatura de uma revista. Consolei, tentei ajudar no que pude. Esqueci datas de aniversário. Tentei trazer mais graça pra quem estava sem graça. Votei. Fiquei em dúvida, muitas vezes. Sofri, chorei, me lamentei. Fui promovido. Tive vitórias muito gratificantes, reconhecimento, amizades, abraços, sorrisos.

E principalmente, ri. Ri da vida, da minha vida, das nossas vidas. Achei graça de como nós somos geniosamente ridículos, de como somos engraçados quando queremos ser sérios e como somos sérios quando queremos ser engraçados.

Que 2013 tenha tudo isso e muito mais. Que em 2013 eu tenha... saúde, amor, paz, alegria, um monte de coisa boa e coragem pra concretizar aquilo tudo que eu mentalizei antes de dormir durante 2012 todo. Acho que a palavra é essa: coragem. A mesma coragem que o Nick Vujicic tem na vida dele pra conquistar as coisas e ter uma vida incrivelmente feliz.

Feliz 2013 de muita coragem pra todos vocês.


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Vestibulares da vida

Jovens e jovans, o resultado do Enem 2012 saiu hoje, trazendo com ele alegrias e decepções, o que é natural quando você se submete a essa quase luta de MMA que é um vestibular.

Quando cursamos o ensino médio sentimos a pressão que é escolher uma carreira e viver sustentado por ela pelo resto da vida. Na teoria parece ser difícil, e é mesmo. Nem todos conseguem. Eu, pelo menos, não consegui. Ainda.

Acho que nunca tive muita sorte nessas coisas. Na primeira vez que tentei o vestibular, na UFC, em 2006, escolhi o curso de Letras - Espanhol, sem nem saber ao certo o que ia estudar lá. Achava que ia aprender um idioma e poderia viajar pra Espanha (mal sabia eu que poderia ser barrado no aeroporto mesmo). Acabei que não acertei nenhuma questão de física e não passei da primeira fase. Quando me inscrevi no vestibular da Uece, dois anos e alguns meses de cursinho depois, foi pra bacharelado em Geografia. Fiquei nos classificáveis, quase me mijei nas calças achando que ia ser chamado e entrar no curso mas não me chamaram. Fiquei arrasado.




Quando entrei finalmente lá, para cursar Letras, foi tão legal que a ficha só foi cair um bom tempo depois. Aliás, às vezes me dá uma espécie de "não acredito que eu passei pra Uece e já tranquei o curso". Mas é isso mesmo, nem tudo é do jeito que a gente quer, né.

Você pode dizer "Ah, mas você trancou porque não se esforçou o suficiente", ou "Porque trancar com 2 semestres apenas? Nem deu pra conhecer o curso direito" ou ainda, "Como você se esforça tanto pra entrar pra depois sair sem concluir?" ou ainda mais, "Mas a faculdade era de graça! Você nem ia pagar nada e ainda não quis!". Aí é o seguinte:





Nunca entrei achando que Letras era o curso da minha vida. Não tinha a intenção de me tornar professor e viver disso. Pelo menos não agora. Entrei meio que para fazer um teste, ver se era realmente aquilo que eu gostava. Gostei de várias coisas, inclusive, algumas, pra mim, foram complicadas de largar, pois tinha me identificado mesmo. Mas outras, ou melhor, a maioria, não me 'seduziram'. Acreditei que dois semestres seriam o suficiente pra tomar a decisão de trancar ou não. Até agora ainda não me arrependi.

Me esforcei de acordo com a seriedade que a disciplina me passava. Tinha uma cadeira que me fazia ficar acordado até de madrugada para terminar os trabalhos. Tinha outra que quando eu olhava pra prova, tentava lembrar quando era que eu tinha visto o conteúdo que estava sendo cobrado nela. E eu via pessoas que copiavam de um papelzinho escondido as respostas na prova sem nenhum remorso. Confesso que eu fiz isso algumas vezes.

Eu não poderia continuar nesse 'esquema' até concluir o curso. Eu não podia fazer isso comigo. Concluir as disciplinas sem ter entendido nem a metade do que ela propõe. Você pode me achar um devaneador, fantasista, achando que estou esperando encontrar o curso dos sonhos e amá-lo do começo ao fim. E eu digo que é mesmo. Num tem tanta gente que se completa verdadeiramente com o que estuda?




É, eu sei que nem tudo são flores reluzentes do campo, tem sempre uns espinhos que precisamos atravessar; às vezes eles nos ferem, dói, temos vontade de parar, mas a meta de ir em busca da satisfação profissional tem que nos mover com cada vez mais força. Ninguém merece ser infeliz no seu trabalho. Ninguém precisa ser infeliz no seu trabalho.

"Mas Tiego, a UECE é de graça!" Sim, e aí? As 3410684724 páginas que são necessárias xerocar já promovem um rombo no bolso de qualquer um, ainda mais de Letras, que tem muitos textos pra ler. Mas concordo que não pagar pelo ensino superior é uma vantagem invejada por muitos. Apesar desta vantagem não estar disponível para muito mais gente do que era pra ser. Mas isso é uma outra história.

Vou continuar em busca do novo e do belo, do incrível e do surpreendente, e porque não dizer do tedioso e do frustante... Estou aberto à novos desafios, e eles trazem diversas sensações que só o tempo dirá se serão satisfatórias ou não pra mim.

Bom, agora verei se com a minha pontuação do Enem que tive conhecimento hoje vou conseguir isso que tô procurando. Manterei vocês informados. Abçs

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Natal por Tiego Victor

Não quero me alongar falando sobre o espírito natalino, sobre como mudaram os valores que essa época prega, sobre como essa data passa tão despercebida para muita gente. Queria apenas falar algumas coisas:

Muita gente considera o Natal uma data monótona, onde você tem que se submeter a encontros familiares para troca de presentes, comer e rezar. Pra mim, o Natal é algo muito mais interno do que externo. É dentro do meu interior que reflito sobre o que de bom e o que de ruim tenho feito para com os outros, e o que posso fazer pra mudar. O que minha vida influencia nas outras, em quê ela pode ser útil para que outras vidas sejam beneficiadas.

Quando as pessoas dizem que Natal é tempo de reflexão, é para, ao meu ver, pelo menos uma vez no ano você parar e pensar em como VOCÊ afeta a vida dos outros, de que forma VOCÊ as influencia, qual a importância de VOCÊ para o mundo que te cerca, o que VOCÊ pode fazer pra melhorar o seu relacionamento na sua família, com seu parceiro(a), no seu emprego etc.

Mesmo que você não siga religião alguma, uma boa dose de reflexão sobre sua própria vida não lhe fará mal, nem será perda de tempo. Para quem acredita, eu creio que, nessa época do Natal, Deus coloca o ouvido dele bem mais pertinho da gente, e ouve delicadamente tudo o que temos pra dizer. Realizar os nossos sonhos é só uma questão de tempo. Mas, claro, se você crer nisto e der o primeiro passo. É só uma questão de tempo.

Feliz Natal pra vocês, seus lindos/suas lindas.


domingo, 9 de dezembro de 2012

A aranha arranha e me espanta

Sábado pra domingo, 1h30 da manhã, está este jovem que vos escreve sentado na mesa da sala navegando nos mares nem sempre serenos da internet, olhando a vida alheia no Facebook e procurando outras futilidades que não acrescentam nada de interessante na minha vida.

A sala estava escura, iluminada apenas pela luz que a televisão ligada emitia. Com sono, eu começava a fechar algumas abas do navegador quando de repente ela surge. Imponente e faceira, aparece saindo da cozinha com passos tranquilos, como se não estivesse se importando com o inusitado ambiente ao redor. Quando percebi que algo se mexia na penumbra, virei o rosto e olhei. Imediatamente exclamei:

VALHA MEU DEUS UMA ARANHA ENORME!!!!!!!!!11!!1!!!!1!!

Tenho aversão a aranhas. Aquelas pernas compridas e cabeludas passeando pela cerâmica, aquela face misteriosa, aquele ar de "olha como você se caga de medo de mim, seu idiota!", aquela superioridade enganchada em teias bem elaboradas que envolvem sua presa com perfeição.

Saí praticamente correndo da sala, desliguei tudo e fechei a porta pra ela não sair de lá. Lembrei logo que ela poderia ter vindo do meu quarto; em outras duas ocasiões apareceram por lá aranhas similares àquela, que me deixaram igualmente tenso por saber que eu dormia ao lado do inimigo. “PQP, deve ter um viveiro de aranhas por ali. Será que é da casa do vizinho?”, pensei.





Fui dormir meia hora depois, depois de vistoriar o quarto inteiro e me assegurar de que não havia mais nenhuma outra ameaça ali. No escuro, enrolado no cobertor dos pés à cabeça, fiquei pensando no que aquele malévolo animal de 8 patas que estava na sala estaria fazendo naquele momento. Provavelmente, centenas de planos malignos para arruinar os mais diversos setores da sociedade. Da minha sociedade, pelo menos.

Ao amanhecer, minha mãe acorda e vai para a sala, liga a televisão e em seguida vai à cozinha para fazer o café. No fogão, ela não percebeu quando uma coisa preta se aproximou de seus pés. Ela olha ligeiramente pra baixo, e quando percebe que a aranha está ali, leva um susto tão grande que quase faz virar a panelinha onde a água do café fervia, onde possivelmente o líquido quente cairia nos seus pés e na aranha, tostando-a ali mesmo, algo que eu estava com vontade de fazer nela desde quando a vi antes de ter ido dormir.

Ela sai em desabalada carreira para a casa da vizinha, e pede pra que alguém mate a aranha. O marido da vizinha se prontifica em ajudá-la, entra na cozinha da minha casa, vê o animal e diz à minha mãe:

– A senhora tem algum recipiente vazio aí?

– Tenho... por quê?

– Pra que eu a coloque dentro dele e a leve daqui, olha só como a bichinha tá acuada, coitada, ela quer ir pra um lugar mais sossegado.

– Peraí, você não vai matá-la? Já ia pegar o vidro de álcool pra derramar em cima dessa sebosa e tacar fogo nela!

– Não, não se pode matar um animal desses, pelo contrário, é uma vida que corre perigo!

– Vida que corre perigo? Pois então leve essa vida inocente pra longe daqui, por favor!

Então, o marido da vizinha não só chama a aranha pra dentro do recipiente, como ainda pega nela, deixa subir na mão dele, faz até um carinho no aracnídeo. A intimidade que o homem tinha com a aranha era tão grande que minha mãe ficou abismada, nem quis ver; resolveu ir pro canto e furar a tampa do recipiente onde a aranha iria ficar. Depois que termina ela diz:

– Pronto?

– Pronto. Olha como ela tá feliz agora? Parece até que ela sabe o que vou fazer com ela.

E ele sai na sua bicicleta com a aranha dentro do recipiente. Passa por algumas ruas do bairro, cruza avenidas até chegar numa grande rodovia que tem por entre as redondezas. Parando numa parte onde tem apenas mato e algumas indústrias instaladas, ele abre o recipiente e a deixa sair.




Segundo ele, a aranha sai muito contente, roçando suas pernas cabeludas no matagal que havia na beira da estrada. Ele ainda percebe que ela o olha e faz uma espécie de gesto, algo como um sorriso no rosto, de agradecimento por ela, depois de tanto procurar, conseguir chegar em um local agradável, ou, quem sabe, por ter voltado à seu habitat natural que vivia a algum tempo atrás. Ela apressa o passo e entra no meio dos matos crescidos, sumindo rapidamente.

Quando eu acordo, vou logo perguntando a mãe se ela havia visto a aranha, e ela me conta o que aconteceu. Eu respondo, indignado:

– Poxa! Porque que ele não tocou fogo nela de vez, hein? Já ia perguntar pra senhora onde ele a tinha queimado pra eu ir lá esfregar na cara dos restos mortais dela quem é que manda aqui! Deixa que da próxima vez que aparecer uma eu trato dela.

Quando uma aranha sai da toca e demora a voltar, geralmente a ‘companheira’ dela sai em sua busca, para averiguar se houve algum problema. Foi só eu fechar a boca que a suposta companheira da aranha aparece, na sala. Perversa, com autoridade suficiente pra, se tivesse o poder da fala, dizer em alto e bom som “quê que tá pegando aqui, hein? Vim atrás da minha esposa, quem tiver feito algo contra ela vai levar pêia muita!”.

Adivinhem quem correu pra chamar o marido da vizinha pra salvar uma vida que corria perigo.


sábado, 10 de novembro de 2012

Analisando músicas taxadas erroneamente de toscas (5)

Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada e bom além pra quem está no além, estou aqui quieréndote para criar mais uma vez uma roda de discussão à respeito de algum clássico do cancioneiro popular deste digníssimo país chamado Brasil.

A música que será analisada hoje é um marco no que diz respeito a história do pagode nesta nação brasileira. Quantas crianças, jovens, adultos e idosos já se envolveram nesse ritmo tão empolgante e cheio de swing, ainda mais quando falamos do grupo Molejo, esta explosão em forma de molecagem dos anos 90? Pois é, meus caros, a canção de hoje é deles: Dança da Vassoura. VEM VER ANDREZÃÃÃÃOOOOOWWW!!!!1!!1!






Diga aonde você vai
Que eu vou varrendo
Diga aonde você vai
Que eu vou varrendo
Vou varrendo, vou varrendo
Vou varrendo, vou varrendo
Vou varrendo, vou varrendo
Vou varrendo, vou varrendo...(2x)


Râmo lá: o cara começa a música dizendo que vai varrer o caminho da pessoa. Muito bem, uma história de amor de um gari. E ele confirma essa informação; vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo, vai varrendo. Queria dizer que ESSE CHÃO AÊ VAI FICAR LIMPO DEMAIS MAN


Oh menininha eu sou seu fã
Oh menininha eu sou seu fã
Danço contigo até de manhã
Danço contigo até de manhã...(2x)



Ele é fã da menininha e dança com ela até de manhã... bom, se ela é uma menininha, acho que os pais dela não irão deixá-la dançar até de manhã com um homem, né. Sinto cheiro de pedofilia? Vejamos mais:


Na dança da bruxinha
Dança preta, dança loura
Na dança da bruxinha
Dança preta, dança loura
Agora todo mundo
Na dancinha da vassoura
Agora todo mundo
Na dancinha da vassoura...(2x)


Olha só como ele evidencia o tratamento igualitário com diferentes tipos de mulheres; além da menininha, a preta e a loura dançam na dança da bruxinha. Viva as diferenças. Mas, o que seria a Dança da Bruxinha, já que essa música é a Dança da Vassoura?


Desculpa gent quando eu vejo a palavra BRUXA lembro automaticamente da Bruxa KEKA 


Varre prá esquerda
Varre prá direita
Levanta poeira
Que essa dança é porreta...(2x)


É muito legal o cara dançar com uma VASSOURA, vocês deviam experimentar. Adiante:


Piti pi piti pi piti pau!
Piti pi piti pi piti pau!
Mas tome cuidado
Com o cabo da vassoura
É pior do que cenoura
Você pode se dar mal...(2x)

Agora chegamos num ponto fundamental: depois de uns dizeres com a letra P que não consegui reconhecer (deve ser uma língua nativa desconhecida) e que termina com PAU, ele recomenda que é preciso cautela com o cabo da vassoura, pois como ele é pior do que uma CENOURA você pode se dar mal.... EEEPA RAPAZ QUE CONVERSA É ESSA HEIN? VC TÁ SEGURANDO ESSA VASSOURA AONDE?


Diga aonde você vai
Que eu vou varrendo
Diga aonde você vai
Que eu vou varrendo
Vou varrendo, vou varrendo
Vou varrendo, vou varrendo
Vou varrendo, vou varrendo
Vou varrendo, vou varrendo...(2x)
Surpresa: essa letra é cantada mais uma vez, pra deixar bem claro que o rastro da menininha vai ser extremamente desinfectado com uma vassoura, e que é legal dançar com ela, que temos que valorizar a profissão de gari, que temos que dançar com as meninas dos mais diferentes tipos, e que ao varrer temos que levantar poeira (que nem a Ivete). 
Lição de vida que extraímos desta canção: 



Tome cuidado com o cabo da vassoura, pois ele é pior que cenoura, e você pode se dar mal.




Não era amor, ôh, ôh, Não era, Não era amor, era
Cilada cilada cilada cilada
Cilada cilada cilada cilada!!!!!!!!!!!


Termino aqui mais uma análise extremamente edificante para preencher sua bagagem cultural. Piti pi piti pi piti pau!
Quer ver as outras 4 análises de músicas que já fiz nesse entulho de blog? Olha aí na barra lateral onde tem os posts de acordo com a data ou então pesquisa nessa barrinha que tem na lateral também, porque hoje eu tô com preguiça. Todos estão com o título igual ao deste, mudando apenas o número no final. Vou ali varrer. Bjs-abçs.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Halloween Cotidiano

Antes de ontem, 31 de outubro, foi festejado o Halloween, também conhecido como Dia das Bruxas, em diversas partes do mundo. Em suma, os costumes mais tradicionais movem as pessoas a se fantasiarem tenebrosamente e saírem assustando os outros e pedindo doces nas ruas, com a famosa frase "gostosuras ou travessuras?". Aqui no Brasil esta data não é tão comemorada como em outros países, porém não deixa de ser lembrada.

Pra mim, não é só neste dia que acontecem coisas assustadoras. Todos os dias tem algo sinistro e melindroso acontecendo que me deixa de cabelo em pé, e só eu tendo muita coragem pra enfrentar. Vou enumerar algumas delas:


O preço do pão




Não costumo comprar pão todos os dias, geralmente faço isso uma vez por semana, ou por mês. E sempre que vou ele está mais caro. Pow, lembro de um tempo que um carioquinha era 0,15 centavos! Depois foi pra 0,20, pra 0,30, hoje compro de 0,35 e tem lugares que são mais caros ainda. Acho que vou comprar aquelas maquinas de fazer pão da Polishop, será que compensa, hein? Acho que de todo jeito eu vou continuar liso.



Pochetes



Creio que não sou só eu que leva um susto toda vez que vê alguém usando pochete. Um negócio estranho, agarrado na cintura, onde as pessoas guardam objetos de valor. Aí fica aquela coisa pendente pra um lado do corpo, um negócio desproporcional, um 'inchado' estranho... E se a pessoa for gorda? Pode considerar o nível de assombramento elevado a terceira potência. Aliás, pessoas gordas já carregam pochetes naturais, né... ops.
Só quem está permitido usar pochete são cobradores de ônibus e motoboys. FIM



Programa A Tarde É Sua




A TV aberta já nos proporciona diariamente diversas sensações: alegria, emoção, raiva, insatisfação, vergonha alheia, suspense barato, sensacionalismo e afins. O programa da Sônia Abrão, por exemplo, me passa mais precisamente os quatro últimos itens acima citados. Mas o que me dá medo mesmo neste programa vespertino da RedeTV! é um assunto que a Sônia tanto gosta de falar: MORTE. A pessoa morreu, aparece lá.

Se for uma subcelebridade, é exibida uma reportagem com alguns vídeos do Youtube mostrando o trabalho do morto e algumas notinhas de jornais e sites. Se quem tiver batido as botas for uma personalidade influente da mídia, a edição inteira do programa é dedicada a isso, que desenterra todo o histórico artístico do defunto, em seguida chamam 'críticos televisivos' para debater a vida e o legado que a pessoa deixou e no final, todos acabam terminando a edição falando da novela da Globo. Geralmente são 3 programas inteiros dedicados a isso. Absurdamente assustador.



Sol



Pedro Bial não estava de conversa mole quando recomendou naquela canção marota que usássemos filtro solar. Aqui em Fortaleza a temperatura é constantemente alta, e se não nos protegermos, um câncer de pele não seria muito difícil de ocorrer. Tenho a impressão que a cada dia que passa o sol está mais forte e avassalador, pronto pra tostar nosso corpo sem pena como um frango naquelas maquininhas de churrascaria. Na praia, esse perigo aumenta ainda mais. É meio louco saber que você pode ter uma doença séria e morrer apenas por sair na rua diariamente, né!



Suvaqueira



Ao entrar em um ônibus lotado, o medo já nos invade por diversos motivos:
*Será que vou conseguir me segurar quando o ônibus frear?
*Será que vou conseguir descer do ônibus a tempo?
*Será que pode aparecer algum gatuno aqui e me roubar?
*Será que vou sair inteiro daqui??????????????

Mas o pior ainda está por vir. Quando você finalmente se posiciona, sente aquele cheiro que imediatamente te paralisa, lhe deixando apenas com duas opções: ou você respira aquele futum e morre, ou você prende a respiração e morre também.

Claro que em qualquer outro lugar você pode se deparar com essa ameaça, e eu, pelo menos, vivo com medo de encontrar e ser abduzido pela catinga abominável e aterrorizante de uma axila fedida.



Vou parar por aqui porque já tô me pelando de medo desse meu cotidiano sombrio e pavoroso. Abçs.

domingo, 28 de outubro de 2012

Novas modalidades de assalto


A segurança nos dias de hoje tornou-se algo muito valioso. Em qualquer esquina podemos ser abordados por um assaltante, que pode nos levar com a maior facilidade aquilo que conquistamos com bastante esforço.

Com o tempo, os bandidos perceberam que a impunidade rola solta nesse país e que está cada vez mais fácil cometer crimes sem ser capturado, devido também ao medo que a população tem de reagir a um assalto. Isso faz com que eles se sintam à vontade para assaltar com qualquer coisa que imponha medo. Qualquer coisa mesmo, olha só: (antes que você me pergunte, eu lhe digo: as histórias são reais!)



Prato principal: vítimas

Conhecidos meus me falaram de casos de assalto que ocorreram em ônibus de algumas linhas que fazem o transporte público da minha cidade. Os relatos contam que em um determinado trecho do percurso do ônibus subiam três jovens, vulgo pivetes, que faziam um arrastão levando tudo o que os passageiros tinham de valor. E isso aconteceu várias vezes, sempre os mesmos três pivetes, sempre nos mesmos horários e sempre com as mesmas armas: dois com uma faca de cozinha cada um e o outro com um garfo. UM GARFO! Além de roubar a gente eles querem nos jantar também?


Rouba a gente, compra comida e usa a própria arma pra comê-la




Cipó (e sebo) nas canelas

Dois colegas de trabalho foram assaltados próximos a empresa onde trabalhamos. Ele foram abordados por dois meliantes, que pediram o celular; um deles deu, mas a outra pessoa se recusou. Quando o ladrão viu que ela não estava disposta a dar, ele sacou de sua arma poderosa: um pedaço de cipó, e deu umas ‘cipozadas’ nas pernas dela. Daí ela acabou dando o celular. Não satisfeito, ele ainda pediu o cordão que ela usava, mas mais uma vez ela disse que não ia dar, então o ladrão ameaçou atirar nela. Nesse momento seu amigo a puxou pelo braço e saíram os dois correndo. E os ladrões foram embora. Eles vieram diretamente da selva do Tarzan, só pode.


Passe o celular (mas se tiver bananas também serve)




Marquei um X no seu pescoção

A vítima desta vez é a mãe da amiga da tia do cunhado do irmão mais velho da sogra de uma colega de trabalho minha. Ela saiu do colégio de onde trabalha como professora, entrou no carro e seguia tranquilamente na avenida com destino a sua humilde residência quando para num sinal de trânsito.

Ao parar o automóvel, ela é surpreendida por um meliante, que coloca um objeto pontiagudo no seu pescoço e lhe pede a sua bolsa. Ela, instantaneamente nervosa, passa a bolsa pra ele com muito medo de acontecer alguma tragédia, como, por exemplo, ele lhe dar uma furada na jugular e acabar com sua vida. Depois de pegar a bolsa, o malandro sai correndo no meio da avenida todo feliz e mostra pra ela a sua arma perigosa: uma tampa de caneta. Sim, meus caros.

Uma arma branca, disponível nas cores azul, vermelha e preta

É totalmente compreensível que um objeto deste, apesar de ser aparentemente inofensivo, se transforme numa arma mortífera e cruel quando se está sendo ameaçado por alguém. Qualquer coisa com ponta afiadinha faz medo. Inclusive, aquelas canetas BIC tem umas tampas pontiagudas, né? São ótimas pra coçar o ouvido. É, eu sei que isso é errado, pode trazer doenças, mas é tão boooooooooom ^^




Correndo da própria vítima

E quando o ladrão assalta sem arma nenhuma? Sim, o último caso a ser relatado nesta postagem é o de um conhecido de uma amiga da prima do cunhado da esposa do cara que vende salgado que é irmão do tio de uma amiga minha. Seguinte: o cara foi assaltar uma jovem que passava na rua. Só que ele não tinha arma. Bem, ele anunciou o assalto, pedindo o celular dela. Ela diz:

- Ah, tá, tá bom, moço, eu passo sim!
- Vambora, passa logo!
- Peraí... você num é aquele cara que tava roubando ali na outra rua ontem?
- Não interessa. Passa esse celular!
- Só se você me mostrar sua arma.
- Comequié? Cê quer morrer?
- Vamos, tô esperando, cadê sua arma?
- Err...

Aí ele saiu correndo, fugindo dela.


Sucesso do cancioneiro popular


Ela tinha o reconhecido como um ladrão mulambento que vivia pelas redondezas. Aí, ele viu que ela não estava pra brincadeira e não tinha como ameaçá-la, e foi embora. HAHEUEHUAEH


Podemos concluir nestes 4 casos que os assaltantes estão cada vez mais ousados e sem medo de serem pegos, e nós cada vez mais ameaçados. Vamos cobrar das autoridades o que ela precisa cumprir: nos oferecer segurança de qualidade. E também não sair lesando por aí com algum item de muito valor, chamando a atenção, né. Aliás, se você tiver alguma história de assalto que seja inusitada, como as que contei aqui, pode mandar pra cá (fatiadeentulho@gmail.com) para compartilharmos sua desgraça no blog mais entulhável deste país. Até mais.



domingo, 21 de outubro de 2012

Avenida Brasil

Na última sexta (19) chegou ao fim um dos maiores sucessos televisivos que temos notícia. Não, não estou exagerando. Avenida Brasil conseguiu não só subir a audiência no horário como fez as pessoas só falarem disso nos últimos meses. A história de vingança da Nina/Rita (Débora Falabella) contra Carminha (Adriana Esteves) grudou em frente a televisão milhões de pessoas curiosas em acompanhar os desdobramentos da trama e o seu desfecho, que teve média de 51 pontos de audiência, com picos de 54. Até repercussão internacional a novela teve.


Oi Oi Oi


Todo esse sucesso causou, como sempre, aquela velha discussão acerca da dependência das pessoas em um objeto criado por um veículo midiático. Assim como vi muita gente falando maravilhas da novela, do exemplo de atuação dos protagonistas, do enredo ágil e eletrizante, vi também comentários explicando como é lamentável um país todo se tornar refém de uma novela, a alienação que um canal de TV passa para aqueles 'menos esclarecidos', do lucro que é gerado à favor de um grupo já extremamente rico, e tal e coisa, coisa e tal e whiskas sachê.


Raça dos vencedores


Há fundamento nessas críticas, claro. O que a TV causa na população é reflexo do que ela é. Ou melhor: a TV se adapta ao que o povo deseja ver. Isso não muda se a população é 'menos favorecida' ou não. Programação de qualidade não é difícil de encontrar, tem uma porção de canais que dedicam a um público exigente programas que satisfazem seus gostos mostrando coisas que, digamos, constroem a personalidade e o conhecimento de forma correta e sensata. TV a cabo, principalmente.


Eu quero ver tu me chamar de amendoim


Mas o Brasil é isso aí que nós vemos todos os dias nos jornais: pessoas que lutam, que dedicam sua vida a trabalhar arduamente para sustentar sua família, que na maioria das vezes não tiveram como se instruir como aqueles que criticam a novela, seja por conta da situação financeira, do governo, da abdicação da juventude para trabalhar, enfim.

"Ah, mas a novela aliena as pessoas". SIM! Mas gente, o que vocês queriam? Que a Globo mostrasse no seu horário nobre a forma como os búfalos silvestres da Tanzânia buscam alimento? Como a revolução industrial contribuiu para a formação do mundo moderno?

O senhor não vai morrer, vão matar o senhor
Não. O povo 'menos afortunado' gosta disso que ela mostra mesmo, histórias de casais que vão em busca do amor em meio a desafios, pessoas que se submetem as mais variadas situações em busca de seus sonhos, brigas, barracos, música de baixa qualidade, mulheres seminuas... esse é o Brasil que conhecemos, e não vai ser hoje ou durante uma novela que ele irá mudar seus costumes. É uma coisa mais enraizada, que está atrelada a vários outros fatores.

Achei a novela legal sim, excluindo algumas partes mais desconexas, e não me arrependo em nenhum momento em ter utilizado meu tempo assistindo-a. Poderia ter feito outras coisas mais proveitosas, é verdade, mas eu não estive afim de saber como os búfalos silvestres da Tanzânia buscam alimento. Estava afim de assistir novela, e olha, foi muito bom essa alienação que eu tive durante esses últimos meses.

Se você chegou até aqui e achou todo esse texto uma grande perda de tempo, tudo bem, pode voltar a realizar suas atividades normais, como, por exemplo, assistir suas séries americanas favoritas. Não vou lhe chamar de alienado porque né, são coisas completamente diferentes. Abçs.





domingo, 14 de outubro de 2012

O que lembra a sua infância?

Anteontem comemoramos neste digníssimo país o Dia das Crianças, data tão aguardada por centenas de milhares de criaturinhas ansiosas por ganhar presentes e muitas coisinhas legais que quando a gente é criança achamos que vamos ganhar mesmo sem sabemos o que é. Muitos pais fizeram a alegria de seus filhos presenteando com dezenas de brinquedos, assim como outros que deram apenas seu amor e carinho, já que a situação financeira já não é tão boa.

Quem pode proporcionar um dia bom para alguma criança já faz muito bem, pois creio que as crianças são o mais puro retrato de inocência e simplicidade de viver que já vi. Elas não se importam se a roupa tá desarrumada, se não pode ir na parte funda da piscina, se aquele amiguinho está com raiva por conta de alguma coisa, porque logo eles fazem as pazes e agem como se nada houvesse acontecido.

Anyway, estava aqui lembrando com saudosismo da minha época pueril quando me recordo do que me fazia chegar ao ápice da alegria: a programação da TV. Quem nunca escolheu um desenho animado como o que marcou pra sempre sua infância e que é lembrado com carinho até hoje? Bem, fiz uma pequena lista dos mais legais e super sensacionais e muito bons e maravilhosament AH OLHA LOGO A LISTA AÍ


Tom e Jerry
Um gato que passava todos os episódios correndo atrás de um rato que sempre se safava. O gato se metia nas mais diversas enrascadas por causa dele. E eles ainda eram amigos. 





Punky, a levada da breca
Creio que seja uma das minhas mais antigas lembranças da infância. Adorava a Punky, e o cachorro dela, e o fato dela dormir numa carroça colorida era estranho mas divertido. E a música de abertura? aaaawwnnn





Doug Funnie
A rotina de um pré-adolescente nunca foi tão empolgante como a do Doug. Não tinha como não gostar das suas aventuras amorosas pra conquistar a Pati Maionese, da sua parceria com o Skeeter, da sua rivalidade com o Roger... Ah, e essa abertura abaixo era a melhor e mais nostálgica.




Pateta e Max
AAAAAAAAAWWWWWWWWWNNNNNNNNN '-'
PATETA E MAX, A DULPA QUE É DEMAIS, AMIGOS DE FÉ, ESSE JOGO VAI DAR PÉ





O Fantástico Mundo de Bob
Eu acho que tomei como base de vida o Bob porque sou viajadão que nem ele.




Olha, ainda tem muitos outros desenhos e programas que me fizeram uma criança feliz, como Looney Tunes, Os Anjinhos, Bananas de Pijamas (descendo as escadas), Xuxa Park (vem gente!), Pokémon (Temos que pegar!), Digimom (são campeões), Chaves, Power Rangers, DragonBall Z (meu compromisso é sempre vencer), Caverna do Dragão, Ursinhos Carinhosos (estão aqui pra ajudar, se precisar é só chamar), Castelo Rá-Tim-Bum, X-Tudo (tudo tudo tudo), Timão & Pumba.... são tantos...




sábado, 6 de outubro de 2012

Manual EXPRESS de como votar certo para vereador

Ei, você ainda não decidiu em qual candidato à vereador votará amanhã? Está em dúvida sobre aquele que tinha uma música de campanha extremamente viciante ou aquele que te ofereceu uma saca de cimento? Pois venho por meio desta postagem solucionar todos os seus problemas e fazer você exercer seu direito da forma mais plena e democrática amanhã. VEM VOTAR VEM


1. O layout envolvente da campanha do candidato

Você passa na rua e de repente alguma mão ágil cola no meio dos seus peitos um adesivo de um candidato tão feio que sua pressão até cai. Atenção com essas pessoas: geralmente estes candidatos são tão carentes que não tem como se embelezarem, fazendo disto o motivo principal para serem eleitos, pra ver se com dinheiro, pelo menos, eles saem da linha da feiura.

Depois, se você não morrer de susto depois que vê-los, pode tomar coragem e votar neles, já sabendo que lá na urna a foto dele aparece. Respira fundo e aperta CONFIRMA!


2. Os singles de campanha

7h da manhã de domingo, você está dormindo o sono do proletariado quando de repente ouve, chegando cada vez mais perto, um carro com uma música numa altura considerável tocando algo como:


Vamos votar no Tonhão
Porque ele te conhece
Todo mundo vai votar
Até malandro e piriguete




É possível notar como o Tonhão agrega valores unindo diferentes personalidades, não discriminando aqueles que são julgados. ESSE É DO BOM

Há ainda os cantores que são designados para entoar as canções compostas para as eleições. Geralmente são aquelas pessoas que não foram aprovadas na primeira eliminatória do Ídolos ou que fizeram sucesso na internet cantando alguma música religiosa, para a nossa alegria eleitoreira.


3. A estrutura física e midiática

Este é um ponto fundamental que decidirá seu voto e de seus familiares. Você prefere votar em alguém que tem como carro de som um chevete ou um paredão com 34025890 tuitas? Lógico que o do carro menos afortunado leva vantagem. Lembre-se que o candidato humilde será a sua voz na câmara com muito mais força, apesar de já meio rouca de tanto gritar pedindo voto no meio de um monte de gente no Centro da cidade, num sol de aproximadamente 38°.

O seu pedido de voto no horário eleitoral gratuito na TV é aquele momento em que ele mostra toda sua versatilidade e competência em 10 segundos exclamando os dizeres:

"Vou trabalhar pela saúde e saneamento, vote no Tonhão 99999, os outros roubam, mas eu faço"

Você percebe claramente que ele lê em alguma cartolina que está atrás da câmera mas, pra que se importar com isso se sabemos que o que importa é que ele aproveitará a chance que estamos dando e apronte altas confusões na câmara com essa turminha do barulho ops


4. Os militantes

A equipe que trabalha para o candidato é de extrema importância. Precisamos notar se os militantes se esforçam MESMO para convencer os eleitores que aquela pessoa é a mais indicada para ganhar a eleição. Analisaremos os tópicos seguintes:

  • Os militantes ficam das 7h às 22h balançando vorazmente as bandeiras do candidato no meio das principais avenidas da cidade, se sujeitando a um câncer de pele, um atropelamento ou a pedradas dos militantes da oposição?

  • Os militantes participam das incontáveis carreatas que cruzam de uma ponta a outra da cidade, encabeçadas por carros populares como fuscas e 'combis', além de alguns paredões de som tocando sem pausas o single de campanha, e passando no meio das favelas e bocas de fumo para demonstrar que o candidato cuidará deles também e atrapalhando o trânsito das vias públicas, deixando os motoristas ensandecidos, que xingam os coitados de tudo que é palavra de baixo calão?

  • Os militantes ficam nas ruas andando sem rumo e sem destino carregando 15 kg de impressões que consistem em adesivos, santinhos e banners, além de já carregarem nas costas aquela mochila que tem um negócio pregado que parece um coqueiro que no topo tem a foto do candidato?

Se você respondeu  2 das 3 perguntas, pode votar no candidato em questão, pra ver se pelo menos ele paga o pessoal direitinho. Porque né, esse povo todo obrar esses milagres pra divulgar o homem e ainda sair sem ganhar nada é foda.


PRONTO! Com essas dicas extremamente fenomenais, você poderá utilizar seu poder de voto escolhendo aquele que realmente tem o compromisso com o povo e com o salário super legal que irá receber. Leve sua 'colinha' pra urna e sambe na cara da sociedade corrupta e sem-vergonha que quer conquistar o poder. VOCÊ É QUEM TEM O PODER! YEEEAAAAHHHHHHHHHH

Me empolguei no final mas tudo bem. Vote certo, vote legal e não faça boca de urna porque é crime e o candidato, se não ganhar, pode não te pagar. Bjs.



sábado, 22 de setembro de 2012

Chorando pela pipoca derramada

Os bancos e os Correios podem estar em greve, mas o Fatia de Entulho não; estou aqui firme, forte e magro para expor os lixos comuns reciclados em forma de postagens sen-sa-cio-nais e surpreendentes. Sim, deixei a modéstia na privada, é verdade.

Ir pro cinema com a Thayza sempre é uma aventura. Sempre acontece alguma coisa fora do comum, como por exemplo, eu ficar me cagando de medo do filme, ou então um sequestro relâmpago. Bom, dessa vez foi algo mais simples: caí no chão no meio da sessão. Seguinte:

Julho, 2010. Lá vamos nós pro cinema assistir pela primeira vez um filme em 3D. Só tinha o do Shrek; Shrek para Sempre, compramos, entramos na sala. Domingo à tarde, a sala lotada de crianças barulhentas empolgadas esperando o filme, ansiosas tirando e botando os óculos 3D no rosto. Eu vi e também fiquei tirando e botando os óculos. Sim, sou besta mesmo.




Compramos um sacão de pipoca que, depois de comer tudo, era possível enchê-lo novamente levando o saco vazio lá onde compramos. No meio do filme, a pipoca acaba. A Thayza diz:

"Tieeego, cabô pipoca."

"Poisé. Que chato, né."

"Queria mais."

"Eu também."

"Então... vai lá pegar mais pra gente, vai?"

"Ah, agora? Peraí, o filme tá bom, não quero perder as cenas..."

"Tiego, vai logo antes que o filme chegue no fim, vai!"

"Mas porque eu? Poxa, não é justo..."

"TIEGO DEIXA DE PAPO E VAI LOGO!"

"Tá, tá bom, eu hein."

Passei pelas poltronas que nem naquele episódio do Chaves quando ele vai pro cinema assistir um filme que não é o do Pelé. "Érr, com licença... por favor... opa, desculpa... ah, posso passar?... opa, foi mal..."




Chego lá, encho o saco de pipoca e volto pra sala. Quando entrei, e vi aquele monte de gente, percebi que eu não lembrava mais onde eu estava sentado. E agora, José? Usei minha visão noturna que não existe pra identificar a Thayza, mas foi em vão. Subo as escadas com cuidado, segurando o sacão de pipoca e os óculos 3D, olhando pro chão, mais precisamente pras luzinhas azuis que tem nos degraus.

Só que algo deu errado: no meio daquela escuridão, pisei num degrau que não existia e POOOOOOOOW, levei uma queda federal. Quase saía rolando escada abaixo. Só não rolei mesmo porque os degraus eram baixos e porque não tenho labirintite. Fiquei lá, estatelado no chão, morrendo de rir e de vergonha, mas aliviado porque estava tudo escuro mesmo, ninguém tinha visto. Foi uma pena que quando levanto a cabeça, vejo umas crianças rindo da minha cara, e as mães deles também.

Quando fui atrás do saco de pipoca, surpresa! METADE da pipoca tinha caído no chão. Meu sentimento de vergonha se transformou em ódio. Ainda bem que pelo menos os óculos eu não tinha deixado cair. Porque senão eu teria que PAGAR pro cinema os óculos perdidos.

Depois de finalmente encontrar o lugar em que eu estava, passei pelas poltronas novamente, algumas crianças me chutam (PESTES), sento na minha poltrona e ufffff, até que enfim, fim. A Thayza solta uma expressão de alívio e mete logo a mão dentro do saco, e nota que tem só a metade. Pergunta:




"Tiego????????? Tu já comeu a metade antes de chegar aqui! SEU MORTO DE FOME!"

"NÃO! Quem dera eu tivesse comido, pelo menos não tinha se estragado... "

"Ué? E o que houve??????????????"

"Err... bem, é o seguinte... eu levei uma queda ali nas escadas e a pipoca caiu quase toda lá."

Estava meio escuro, mas conseguir notar o rosto da Thayza se transformar da indignação para o riso.

"KKKKKK COMO ASSIM??? KKKKKKKKK"

Depois de eu ter explicado, ela riu mais ainda. Mais do que do próprio filme. E olha que o filme era engraçado, hein.




Quando o filme terminou e as luzes se acenderam, olhamos na direção de onde tinha acontecido a queda. Aí, vimos lá na escada um monte de pipoca caída no chão (risos). Só quando saímos da sala foi que vi que eu estava cheio de pipoca pregada na roupa, fiquei me limpando no meio do shopping, sujando tudo.

Entonces, termino aqui esta postagem simples. Meu ensinamento de hoje (é, porque você ler toda essa história de porcaria e não aprender nada é uma merda) é que vocês não sejam lesados, segurando bem os pacotes de pipoca pra não caírem na escadas dos cinemas. E quem não gostou da postagem, a maldição da pipoca que cai da sua mão lhe atingirá e você será a próxima vítima deste caso sinistro e aterrorizante. Só que além dela cair no chão, você vai cair bem em cima de um vômito cheirando a farinha láctea que alguma criança deixou acidentalmente ali. Bjs.



sábado, 1 de setembro de 2012

Guia prático de como sobreviver em um ônibus das grandes cidades (2)


Meus queridos amiguinhos, depois da postagem do Guia prático de como sobreviver em um ônibus das grandes cidades ter sido um estrondoso e avassalador sucesso mentira, claro, estou aqui novamente para relatar novas maneiras de como sair ileso e sem traumas de coletivos que utilizamos comumente na nossa vida cotidiana.



5. O golpe do sono repentino

Momento denúncia: vou tratar agora de um caso muito sério que acontece corriqueiramente nos ônibus e que engana pessoas indefesas: é quando a pessoa se senta na cadeira destinada ao idoso/gestante/deficiente físico e quando um idoso surge, a pessoa finge que está dormindo, caída num sono pesadíssimo, e não cede o lugar pra ele, até a pessoa arrumar uma outra cadeira pra sentar ou então descer do ônibus. Só depois disso a pessoa acorda.




Aliás, existem várias artimanhas elaboradas por passageiros para conquistar a tão sonhada cadeira vazia no ônibus lotado. Todo mundo tem alguma história pra contar sobre essas coisas. Se você nunca presenciou isso, é porque é você mesmo que faz essas coisas. ESTAMOS DE OLHO




6. Segurando as coisas de alguém

Você sai do supermercado depois de realizar as compras do mês comprando tudo o que cabia comprar com o seu cartão alimentação que a empresa lhe oferece e vai para a parada de ônibus segurando tanta sacola que a única parte do seu corpo que é visível à olho nu são seus pés. Chegando lá, você se depara com 1001 pessoas aguardando o ônibus. "Que beleza", você pensa, achando que quando o veículo de transporte coletivo chegar, ainda terá uma cadeira vazia guardada especialmente para você. Não terá.

Você entra com todas as compras, fica em pé e aguarda que alguém de bom coração segure pelo menos o saco dos nissin miojo que você comprou. Mas na realidade o que acontece é que o gelo do frango congelado que você carrega começa a derreter, pingando aquela água meio suja de terra e sangue nas pernas de alguém e na próxima freada brusca que o ônibus dá o saco com as verduras cai e você nem se anima em ir buscar as cebolas que caíram e ficam passeando no ônibus em toda curva que ele dá.

Portanto, seja solidário e tente ajudar alguém que carrega algo nesses coletivos da vida. Só tome cuidado ao segurar o tal saco do frango e ele não te sujar todo daquela água de sangue e depois você parecer que teve uma pequena menstruação.




7. Onde é que eu tô?

Nos dias de hoje a tecnologia está à favor de todos, e é cada vez mais simples você se comunicar com qualquer pessoa e localizar lugares em qualquer parte do mundo. Mas sempre irá existir aquelas pessoas que não dão a mínima pra isso e saem de casa com destino a um lugar que nunca foram antes sem saber de nada, porque todo o trajeto, qual parada descer, ponto de referência, etc., será informado pelo cobrador e/ou motorista, afinal eles estão ali é pra ajudar, né não?




Mas quando o cobrador/motorista não sabe? E se a pessoa passar da parada e ter que andar pra caramba? Por isso recomendo que você sempre olhe no Google Maps pra saber por onde está andando. Inclusive, nesse link aqui você encontra todas as rotas de ônibus da capital fortalezense pra auxiliar quem precisa saber se tal ônibus passa em tal lugar. É ótimo, viu. Agora deixa de perturbar o cobrador.


Atualização: no site da Etufor tem vários outros mapas identificando uma porção de informações úteis, como por exemplo, a relação de todas as linhas de ônibus existentes em Fortaleza, incluindo os horários que saem cada um, a quantidade da frota, quantos ônibus rodam nos finais de semana, etc., e aqui nesse link a relação dos pontos de parada, pontos de referência, o bairro, quais linhas passam nessa parada, as condições da via, se a parada tem coberta, etc. Quero ver agora você dizer que está perdido nesta cidade.




8. Gente tarada

Tem gente que anda de ônibus achando que o veículo é um motel. Pego como exemplo velhinhos gaiatinhos que esquecem momentaneamente sua virilidade já em baixa e aproveitam os corredores lotados de alvos disponíveis com bundas em destaque para reviverem seus momentos de juventude dando generosas esfregadas e outras saliências marotas que as mulheres abominam, prontas pra encherem o velho de porrada caso elas descubram a tempo que ele se aproveita de seu pandeiroOPS região glútea.

Mas, contudo, todavia, entretanto, as mulheres também cometem atos salientes nos ônibus, como podemos analisar no vídeo abaixo:





Imaginem esta senhora segurando o que ela realmente está desejando. Agora esqueçam.


Encerro aqui este pequeno guia, espero que ele tenha lhe ajudado em algo muito provavelmente não e quem sabe eu faça alguma outra edição dessa porcaria, se ninguém reclamar dessa daqui. Bjs/abçs



domingo, 26 de agosto de 2012

Essa história de eleição, hein

Era uma vez uma cidade. Uma cidade muito bonita. Cheia de recursos, paisagens naturais, gente trabalhadora e esforçada. Essa cidade teve durante muito tempo um prefeito, que fez umas coisas ali, algumas coisas aqui... reformou o hospital da cidade, asfaltou ruas de alguns bairros, construiu escolas.

Só que ele também desviou muitas verbas que o governo federal mandava para a prefeitura. Casos que escandalizaram a população, um bafafá só. E quanto mais se investigava, mais falcatruas eram descobertas. Ele ainda conseguiu terminar sua gestão na prefeitura normalmente, foi até o final do mandato, mas com vários processos judiciais nas costas, e sua imagem estava tão suja que acabou perdendo força eleitoral, nenhum partido o queria mais, e uma grande parte de seus habituais eleitores o reprovou categoricamente.




Nas eleições seguintes, ele colocou uma pessoa da confiança dele pra se candidatar, e tentar ganhar um crédito do povo e reaver pelo menos um pouco do que possuía quando prefeito. Mas não obteve sucesso. O candidato da oposição venceu, com vantagem. Além dele propor mudanças na gestão do município, ele evidenciou as maracutaias que o prefeito fez, alertando a população que o candidato dele poderia fazer a mesma coisa.

Anos vão, anos vem, chegam novamente as eleições. O prefeito atual não pode mais se reeleger, já tinha 8 anos comandando a administração da cidade, e então coloca para candidato o seu atual vice prefeito. A vitória estaria certa, levando em conta que apesar do governo dele não ter sido essa maravilha toda, ainda conseguiu fazer prosperar a cidade como muitos ansiavam, ou seja, a população tinha depositado confiança nele.





Mas algo acontece: o ex-prefeito, aquele de anos e anos atrás, resolve se candidatar novamente. Não está se importando muito se ele esteve envolvido em casos de corrupção no passado, seus advogados deixaram bem claro que era tudo mentira, calúnia, falácia; ele estava ileso de qualquer acusação. E também sabia de uma máxima que rege 99% das eleições neste país: o eleitor tem memória curta. Esquece rápido quem roubou, quem ajudou. E nem se preocupa em pesquisar se aquele cara ali que é candidato é realmente uma pessoa idônea e íntegra.

Resultado: o ex-prefeito do passado distante vence, e com folga. Muitos eleitores lembraram dele como um homem bom e empenhado em fazer a cidade crescer, e votaram confiando cegamente nele. Logo após o resultado sair ele faz discurso dizendo que a cidade voltará a crescer que nem quando ele a administrava antes.

Um ano depois de empossado, o ex agora atual prefeito foi acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes contra a administração pública. Que nem nos velhos tempos.





Contei essa historinha simples (e quase verídica) somente pra alertar você que está lendo com o seguinte: Não deixe que isso que contei aconteça na sua cidade. Procure saber em quem você vota. O que ele fez pela sua cidade. O que ele pretende fazer. O histórico eleitoral dele. [um primeiro passo já pode ser dado clicando neste link aqui, onde o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza os dados principais dos candidatos que vão concorrer a prefeito, vice-prefeito e vereador nas Eleições 2012].

Não seja um eleitor que ignora o próprio candidato em que vota. O seu voto pode até parecer inútil, mas ele é, sim, a sua principal arma em busca de uma vida melhor pra você e para as pessoas que você ama nesse Brasilzão de meu Deus.


"A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios."
 Barão de Montesquieu